quinta-feira, 31 de maio de 2012

AH! DESERTAR , JAMAIS CARISSIMOS !!! ( DA SERIE DEVANEIOS E REFLEXÕES DO RAY PINHEIRO )

 
 AH! DESERTAR, JAMAIS CARISSIMOS !!!
 
 "Minhas amigas, meus amigos não há amigas , amigos!"
 
 Não é incomum trabalhadores espíritas cristãos abandonarem suas tarefas quando são vitimados pela dor. Supõem, equivocadamente, que o serviço que fazem cria-lhes um tipo de imunidade contra o sofrimento,quando na realidade ocorre o inverso.
 
 Não fora a sustentação que a Doutrina Espírita Cristã oferece, problemas bem menores do que os que enfrentamos nos derrubariam com facilidade. A força que hoje temos, e por vezes nem sabemos, vem do conhecimento e da lógica que os Espíritos de luz nos ensinaram. Automatizamos uma coragem e um entendimento mas não nos damos conta do quanto amadurecemos.
 
 Com eles, o conceito de amor alterou-se porque foi ampliado e universalizado. O espírita cristão não pode amar somente aquele que o ama, e a ingratidão ou a traição já não podem causar-lhe nenhum mal. Com as orientações superiores compreende-se que a dor é o vestibular do amor. A encarnação é meio, não fim, e o desconforto que o corpo material traz para o espírito visa educá-lo pela limitação das ações. Daí gastarmos a maioria do tempo na manutenção do físico, porque o organismo se desequilibra facilmente às primeiras faltas ou excessos.
 
 O desarranjo material acarreta, de imediato, o desmoronamento espiritual, da mesma forma que a invigilância faz o espírito desequilibrar o corpo. Este binômio precisa estar em harmonia para que o homem caminhe agradavelmente. As doenças da vida moderna são as tensões do mundo material, assim como os aborrecimentos da alma são conseqüências dos exageros do corpo. Ganância, semente; estresse, colheita; egoísmo, ação; infarto, reação; ansiedade, causa; hipertensão, efeito; trabalho excessivo, doença à vista.
 
 Se a encarnação é um recurso para a evolução, nós é que temos de administrar a vida e não deixá-la jogada na mão de terceiros. Os conceitos de amizade, sociedade, política, etc, para o espírita cristão tem conotações diferentes do convencional. Já não podemos nos dar ao luxo de sentir decepções por termos supervalorizado o nosso semelhante. Somos todos imperfeitos, e isso é conveniente ser entendido.
 
 Quando estudamos O Livro dos Espíritos encontramos orientações seguras para assuntos do cotidiano. São suportes que nos auxiliam como reagir diante dos fatos.
 
 Na questão 937, por exemplo, Kardec deseja saber se a ingratidão não causa amargura. Os Espíritos de luz respondem que sim, mas que se deve lamentar não pela ingratidão sofrida, mas pelos ingratos porque estes é que necessitam de misericórdia. Lembram-nos que outros fizeram o bem mais intensamente do que nós e foram vítimas de terríveis ingratidões. Isso não deve ser motivo para desistência.
 
 Quando Kardec insistiu e quis saber se a ingratidão não torna o homem menos sensível, endurecendo o coração do benfeitor, os amigos da espiritualidade explicaram que a felicidade está no que faz o homem de coração, não no que ele recebe.
 
 "Mas se ele for menos generoso se magoará menos diante do ingrato", insistiu Kardec. Mas os Espíritos de luz disseram que se ele assim proceder terá a felicidade do egoísta, que é uma triste felicidade. E completaram com importante orientação, diante dos valores atuais. "Saiba que os amigos ingratos que o abandonaram não são dignos da sua amizade e você é que se enganou a respeito deles. Não há o que lamentar por tê-los perdido. Mais tarde encontrará outros que saberão melhor compreendê-lo. Lastime pelos  que tiveram com você um procedimento que não tenha merecido, pois muito triste lhes será apresentado o reverso da medalha. Não se inquiete com isso".
 
 Incluímos entre os amigos aqueles que amam apenas os prazeres que lhes proporcionamos. Quando já não oferecemos vantagens materiais afastam-se em busca de terreno mais fértil, de pasto mais verde. Não gostavam de nós, gostavam do nosso.
 
 O verdadeiro amigo do Espírita cristão é Jesus o Nazareno. A secundá-lo vamos encontrar inúmeros mentores, desde o nosso particular até os que formam as altas falanges do bem. Eles se interessam pela humanidade como um todo, sem bajulações pessoais ou elogios exagerados. Pedem que compreendamos a parcela que nos compete na harmonia da coletividade, servindo-a e, conseqüentemente, mantendo-nos em equilíbrio e cheios de fé. A partir daí, seremos envolvidos por uma atmosfera benigna e luminosa, porque estaremos em sintonia com Deus.
 
 Fugir da luta, jamais, sejam quais forem as razões.
Porque não pensemos nisso...
Namastê...
   Fraternalmente.
Eu sou Ray Pinheiro.
    RAY PINHEIRO
BRASILIA-DF-BRASIL

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