terça-feira, 10 de maio de 2011

AH! ESSE COMPORTAMENTO ESPÍRITA CRISTÃO PERANTE SUA CASA ESPÍRITA !!! ( RAY PINHEIRO )

AH! O COMPORTAMENTO DE UM ESPÍRITA CRISTÃO NA SUA CASA ESPÍRITA !!!


PESQUISAS E TEXTO DE RAY PINHEIRO.


Em visitas de cortesia a algumas casas Espíritas de nosso Brasil observei que na sua maioria assemelham mais a clubes, algumas com características que as distanciam da condição de templos religiosos e escolas de aprimoramento do Espírito imortal.

Ao mesmo tempo sempre na condição de observador vi distorções que ocorrerrem no cotidiano de nossas casas Espiritas, ressalto que cada templo espírita tem sua ambiência específica. Esta ambiência, nós sabemos, resulta dos pensamentos emitidos, do tonus mental e emocional de encarnados e desencarnados que atuam em suas dependências.

Isso nos faz pensar que cada Casa Espírita tem suas próprias características, muitas delas comuns e outras diferentes em relação aos demais. Isso se dá, entre outras coisas, devido aos objetivos dos fundadores, às prioridades estabelecidas pelos dirigentes, à região onde está situado e ao que se estuda em suas reuniões.

Num exercício imaginativo, admitamos que a Casa Espírita em que atuamos tenha vida própria, exatamente como nos desenhos animados ou filmes de ficção. Ela por certo externaria suas preocupações, alegrias e decepções. É possível que num dado instante ela nos dirigisse algumas perguntas, procurando sensibilizar-nos, levando-nos a refletir sobre coisas para as quais nem sempre damos muita importância. Provavelmente perguntaria:


1. Você tem conseguido vir aqui com mais assiduidade?

2. Você tem criticado menos os que trabalham, e se apresentam mais para o serviço?

3. Para colaborar ou prosseguir colaborando, você faz questão de cargos?

4. O Espiritismo não exige santidade de ninguém, mas pelo menos aqui você tem procurado educar seus pensamentos e impulsos, sem perder a espontaneidade e sem deixar de ser você mesmo?


5. Você tem procurado se aproximar mais daqueles que aqui estão e que considera sejam frios, distantes, antipáticos, vaidosos, centralizadores, procurando conhecê-los melhor?

6. Além de um hospital ou de uma escola, você já percebe que podemos também ser uma oficina de trabalho e que existe algo que você pode fazer por aqui?

7. Estamos sempre com as portas abertas para recebê-lo(a), mas gostaria de saber por que você procura uma Casa Espírita? . Obrigação? Prazer? Dedicação? Necessidade? Dependência? Desencargo de consciência? Amor?

8. Você tem permitido aos Irmãos e Irmãs Espíritas conhecê-lo melhor? Tem priorizado suas relações ou apenas o trabalho?

9. Você imagina quanto custa por mês manter funcionando uma Casa Espírita?


10. A maioria das Casas Espíritas tem dado o que pode gratuitamente e sempre oferece-lhe um mínimo de conforto, um espaço de trabalho, estudo, confraternização e crescimento. Você tem percebido e valorizado o que lhe é oferecido?

11. Você tem aberto espaço para outros se revezarem com você nas funções que ocupa, ou é mais um a alegar a ausência de colaboradores, sem preparar com alegria e desapego os que estão à sua volta e que por timidez ainda não se candidataram ao trabalho?

12. Quando você vai a uma outra Casa Espírita procura observar as coisas boas para incorporá-las à sua rotina ou percebe apenas os erros, dando graças a Deus por eles não existirem aqui?

13. Você colabora quando pode ou é daqueles que abandona o lar, esquecendo-se dos compromissos familiares assumidos para se refugiar em dependências?

14. Quando alguém se afasta de você tenta entender as razões, ou censura e lamenta sem procurar saber os motivos reais que levaram a pessoa a se ausentar?

15.Já entende que podemos ser diferentes em alguns aspectos, embora sigamos as mesmas diretrizes que estão na Codificação Espírita?

Responder com sinceridade a essas perguntas pode ajudar-nos a nos situar melhor em nossa relação com o Casa Espírita onde atuamos. Embora se diga que é fácil ser Espírita dentro da Casa Espírita e que fora dela é que os testemunhos são importantes, entendo que nele existem desafios que se renovam e que se forem gradativamente enfrentados e vencidos, mais facilmente lidaremos com aqueles que se apresentam na vida social. Eis alguns desses desafios:

• Ser democrático sem ser permissivo;

• Ser sincero sem ferir deliberadamente os sentimentos dos outros;

• Falar para as pessoas e não das pessoas;

• Conviver com as diferenças;

• Não pensar apenas na boa execução da própria tarefa, mas colaborar, dentro do possível, para que outros irmãos e irmãs inclusive de outras crenças religiosas encontrem êxito e satisfação no que fazem;

• Aceitar cargos e encargos, a fim de não sobrecarregar os outros, sabendo o quanto é difícil agradar a todos;

• Aprender a aceitar críticas;

• Reconhecer o valor dos Irmãos e Irmãs;

• Aceitar a colaboração e direção alheias sem se sentir diminuído.

Cada instituição social possui uma cultura que lhe é própria, que a caracteriza diante das demais e nos permite compreender por que funciona dessa ou daquela maneira. A Casa Espírita, por não ser um templo religioso tradicional, tem aspectos distintos dos templos das demais religiões. Isto percebe-se não apenas na arquitetura, mas principalmente na aplicação dos princípios doutrinários no seu cotidiano.

Apesar disso, encontramos aqueles que se assemelham, e muito, a templos de várias denominações religiosas, em virtude dos atavismos de alguns Irmãos e Irmãs que, interpretando a Codificação de forma muito pessoal, justificam tais procedimentos baseados naquilo que julgam tenham sido dito por Allan Kardec.

Ao analisar as características das Casas Espíritas, chega-se a uma classificação de dez tipos , baseada nas suas observações e vivências. Vamos reproduzi-la a seguir, condensando-a e correndo o risco de mutilar ou simplificar demais o pensamento dos Irmãos e Irmãs. Os que desejarem tê-la na íntegra bastará consultarem o seu livro.

Tipo Personalista...

Sociedade centrada na pessoa do dirigente/médium, onde dificilmente ocorre renovação na liderança, havendo dificuldades na constituição de equipes.

Tipo Curador...

O foco é o atendimento a pessoas necessitadas de “cura”. Há pouco ou quase nada de informação doutrinária.

Tipo Igreja Tradicional...

O ambiente é frio, as reuniões são rotineiras e não há estímulo à criação de vínculos do frequentador com a instituição.

Tipo Salvacionista...

Predomina-se um ambiente pseudo-evangélico, marcado por muita ingenuidade. Há preocupação de doação para os carentes e paira nesse tipo de Casas Espíritas uma atmosfera de missionarismo.

Tipo Oráculo...

Há valorização exclusiva das consultas e de opinião de Mentores espirituais, o estudo é acessório e o exercício da mediunidade é a atividade principal.

Tipo Repartição Pública...
Neste tipo de Casa Espirita há convênio de toda a espécie, as pessoas especializam-se em apresentar propostas, realizar relatórios e prestar contas: Visão apenas administrativa.

Tipo Linha Auxiliar de Governos...

Desejando atender o próximo, a Casa Espírita se atrela aos poderes políticos constituídos, ficando como uma espécie de “braço ou ramificação” destes. Isso se torna ruim quando a Direção perde a autonomia, submetendo-se às diretrizes do poder público e não às diretrizes espíritas.

Tipo
Assistencial...
Entidade fundada com o objetivo de fazer assistência social, especificamente com crianças órfãs. A ausência de base doutrinária dificulta a formação de equipes e a solução foi a criação de um Casa Espírita para gerir a obra.

Tipo Doutrinário...

Casa Espírita que procura introduzir curso de orientação e educação da mediunidade e curso básico de Espiritismo, como etapa preliminar para a introdução de Irmãos e Irmãs em reuniões mediúnicas. Nesses núcleos, há formação de equipes e expansão no número de freqüentadores.

Tipo Escola/Assistência...

Neste tipo há implantação de curso básico de Espiritismo e, sucessivamente, de cursos sobre cada obra de Kardec e autores clássicos do Espiritismo. Com o crescimento da procura por cursos e integração dos freqüentadores nos trabalhos assistenciais, a Casa Espírita amplia sua integração com a comunidade onde se localiza.

O fato é que o Casa Espírita representa um investimento conjunto de encarnados e desencarnados, visando divulgar o Espiritismo e criar ambiente onde a igualdade, a liberdade e a fraternidade possam ser vividas sob a inspiração do Evangelho de Jesus.

Pense nas perguntas que diariamente a Casa Espírita que você freqüenta lhe faz. Antecipe-se a elas inquirindo-se sobre o envolvimento que já é capaz de ter.

Observe o comportamento alheio, mas não copie ninguém; verifique a sua disponibilidade e em que medida deseja se envolver. Decidido a fazer a sua parte faça-a da melhor maneira, mas não se esqueça de que outros desejam ajudá-lo e outros precisam da sua ajuda, experiência e estímulo, a fim de produzirem cada vez mais, e, sobretudo, melhor.

Por favor pensem nisso...

Eu sou RAY PINHEIRO.

2 comentários:

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  2. Sr.Anônimo , pois é assim que se apresenta , tenho mais de 2.000 textos e pesquisas rodando este mundo com a internet e muitos adulterados sem os meus creditos de autor.
    Quando me propuz a divulgar a Doutrina Espírita Cristã ( leia-se CHICO Xavier )e desprovido de vaidades autorais , só queria e quero somar ao projeto que abraço.
    Fraternalmente,
    Eu Sou Ray PINHEIRO.

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