domingo, 1 de maio de 2011

AH! O CASAMENTO NA VISÃO DA DOUTRINA ESPÍRITA CRISTÃ !!! ( RAY PINHEIRO )

AH! O CASAMENTO NA VISÃO DA DOUTRINA ESPÍRITA !!!


 



Sem rituais , as uniões espíritas priorizam o amor e as afinidades existentes entre o casal.



Na Inglaterra da Idade Média, a rainha Vitória nem poderia prever que seus atos repercutiriam tanto e se tornariam uma tradição. O que teria feito Sua Majestade? tomou atitude muito simples: decidiu se casar de véu - naquela época, os soberanos jamais se cobriam para poder comprovar sua identidade -, com flores no cabelo e um vestido branco. A cena parece familiar?


O casamento como se conhece nos dias atuais, é muito mais antigo que a rainha Vitória. Seu ritual iniciava na Roma Antiga, quando era possível encontrar registros de que as mulheres se vestiam adequadamente para a ocasião. Porém, a união de um casal, na visão espírita, vai além de uma cerimônia, com seus festejos e vestimentas.


Existe ritual de casamento para a doutrina espírita? “Não”, “De todas as descrições feitas pelos espíritos sobre casamento, não há menção a ritual de casamento espírita”.


Então, os espíritas não casam? “Casam!


A diferença é que não temos o ritual religioso. O casamento tradicional, independentemente da religião é um ritual. E como não temos rituais, não há uma cerimônia religiosa em um casamento entre espíritas”, Na realidade, o que importa são as intenções pelas quais o casal decidiu se unir. E aí, deve-se colocar em foco o que seria um princípio básico do Espiritismo: o amor.


Fatores de união:

Eu RAY PINHEIRO um estudioso da Doutrina Espirita (Leia-se CHICO XAVIER) acredito que muitos fatores devem existir para a união de um casal, mas “todos eles pouco valem se o casamento não estiver fundamentado na maior das leis, que é a lei universal do amor, vivenciado na mais pura de suas definições”. Para eles, quando há esse sentimento, as consequências são “no mínimo, boas”.


Eu acho que quando a pessoa encontra outra com quem se assemelha, ela se potencializa, ou seja, se torna mais feliz, confiante e protegida. Conheço irmãos casados há varios anos,e concordam: “a forma de se relacionar com a sociedade mudou, a relação com os amigos mudou, a possibilidade da paternidade estimulou e mudou a visão de uma nova trilha a ser seguida”. Eles comentam que, entre outras coisas, também deve haver ética, respeito e companheirismo.


Entretanto, há uniões que se tornam instáveis. Em seu livre-arbítrio – que é outro dos princípios básicos da Doutrina Espírita – , muitos casais optam pela separação. E, apesar de a doutrina ser divorcista (“...é uma lei humana que tem por objetivo separar legalmente o que, de fato, já está separado. O divórcio não contraria a Lei de Deus, uma vez que apenas corrige o que os homens fizeram...” Evangelho Segundo o Espiritismo), continuo acreditando que o cidadão que possui caráter, reflete duas vezes antes de se divorciar e, até mesmo, antes de se comprometer.


Em mensagem escrita na obra “Como um homem pode enfrentar uma crise”, o espírito Leocádio José Correia diz que “A interação humana significa sempre entendimento e nunca confronto”.



Reflexão atual:

Minha reflexão a respeito das vidas conjugais nos dias de hoje. “Será que as uniões que têm maior chance de sucesso não são aquelas em que o cônjuge casa para fazer feliz a pessoa que ama? Quando os cônjuges pensarem assim, será muito difícil a união se desfazer”.


Relacionamentos conjugais são edificações que devemos realizar todos os dias. “Casar é se comprometer com a felicidade de quem a gente ama”, penso assim. E este pensamento é coerente com algumas observações trazidas pelo espírito Leocádio José Correia segundo ele, “casamento é renúncia”, o que não significa peso ou desgaste quando se tem amor pela outra pessoa.


De acordo com “O Livro dos Espíritos”, o casamento é um dos instrumentos para a evolução humana. “O casamento, ou a união permanente de dois seres, é contrária à lei natural? É um progresso na marcha da humanidade” (Capítulo 4 – Lei da Reprodução). No Evangelho, também é enfatizada a idéia do ser humano constituir uma família para o seu próprio progresso. Porém, viver com outra pessoa não é uma obrigação é uma escolha.


Em suas palestras, o espírito Leocádio José Correia alerta que nenhuma pessoa é obrigada a se casar. Ele cita ainda que muitos de nós escolhem “se casar” com a Medicina, com a Educação, com a Ciência ou com os projetos sociais. São caminhos diferentes, mas que igualmente proporcionam oportunidade evolutiva ao espírito durante sua trajetória na Terra.



União comemorada:

O fato de a doutrina não registrar os rituais de casamento não impede que os noivos comemorem sua união. Cito um exemplo de comemoração simples e simbólica que tive oportunidade de comparecer. “Recentemente um casal de espíritas decidiu revelar sua decisão de compartilhar a vida a dois. Num dia foram ao cartório e no outro receberam alguns amigos e parentes para anunciar sua decisão e dividir a alegria. O noivo e o pai da noiva quiseram manifestar o sentimento de contentamento um amigo do casal falou sobre o significado do casamento para a Doutrina Espírita. Ao final, um belo beijo nos fez testemunhas de um lindo momento.”

“A simpatia que atrai um espírito ao outro é o resultado da perfeita concordância de suas tendências, de seus instintos se um tivesse que completar o outro, perderia a sua individualidade”, está escrito em O Livro dos Espíritos – Capítulo 6, Vida Espírita. Nessa citação é possível desmistificar o termo comumente conhecido como “alma gêmea”.


Sempre gosto de lembrar aos irmãos que não existem espíritos iguais. O que ocorre com a maioria das pessoas é a semelhança, as chamadas “afinidades”. Por isso, é possível ter afinidades também com amigos e parentes. Na minha modesta opinião, “nós só convivemos bem com quem se parece conosco”.


A rainha Vitória, personagem da História que iniciou a referida pesquisa texto, causou repercussão em sua época não só por ter introduzido hábitos, mas principalmente porque foi uma das poucas soberanas que se casou por amor. Fato também inusitado para a época, pediu a mão do seu primo, o príncipe Albert de Saxe-Cobourg-Gotha, em casamento.

Espero sinceramente ter contribuido e respondido a um grande numero de e-mails , inclusive alguns mal educados a um assunto , que não estava bem esclarecido e divulgado em nosso meio.

Soli Deo Gloria...

Dominus Tecum...

Namastê...

Fraternalmente,

RAY PINHEIRO.




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