sexta-feira, 30 de maio de 2014

SENADOR AÉCIO NEVES DEVE COLOCAR EM SEU PROGRAMA DE GOVERNO !!!

PARA O SENADOR BOM DE VOTO E VIRTUAL CANDIDATO A PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA AÉCIO NEVES COLOCAR EM SEU PROGRAMA DE GOVERNO E ACABAR-MOS COM O SOFRIMENTO DA SECA DE UM GRANDE NÚMERO DE BRASILEIROS.

PESQUISAS NA INTERNET // OUTROS , TEXTO DE RAY PINHEIRO

ISRAEL DÁ A VOLTA POR CIMA NA SECA USANDO A DESSALINIZAÇÃO
Instalações avançadas permitem que o país planeje o futuro com 35 por cento da água pot...ável de qualidade agora oriunda de usinas de dessalinização.
A agência de notícias Reuters informa que, após sofrer o inverno mais seco registrado em sua história, Israel responde com um desdém de quem confia na solução do problema, agora, toda vez que a seca apertar.
Enquanto, nas secas anteriores, o que se via em Israel eram acalorados debates e anúncios do governo para conservação da água potável, desta vez a secura dos mananciais foi recebida com um dar de ombros típicos de quem não estava nem aí para o problema. Em grande parte, tal reação governamental se deveu a um programa agressivo de dessalinização de águas captadas do Mar Mediterrâneo que transformou a terra seca em um oásis perene que leva o pais a ser o melhor servido de água potável e pura da região.
"Temos toda a água potável que precisamos, mesmo no ano em que foi o pior ano em relação a precipitação pluviométrica de sempre", disse Avraham Tenne, chefe da divisão de dessalinização da Autoridade da Água de Israel. "Esta é uma revolução enorme".
Ao resolver seus problemas de água, Israel criou a possibilidade de produzir uma transformação climática da região como seria impensável há apenas alguns anos atrás. Mas, a confiança nesta tecnologia também traz alguns riscos, inclusive o perigo de deixar um elemento-chave da infraestrutura vulnerável a ataques ao país.
Situado no coração do Oriente Médio, Israel está em uma das regiões mais secas do planeta, contando tradicionalmente, com uma curta estação chuvosa a cada inverno para reabastecer seus limitados suprimentos de água. Mas as chuvas cobrem apenas cerca da metade das necessidades de água potável de Israel e, no inverno passado, esse montante foi muito menor.
Segundo o Serviço Meteorológico de Israel, no norte de Israel, que geralmente recebe as chuvas mais pesadas, a precipitação pluviométrica foi de apenas 50 a 60 por cento da média anual.
Para compensar esse fenômeno natural, Tenne disse que o país conseguiu eliminar a lacuna de água potável através de um misto de esforços de conservação e avanços que permitem, hoje, que quase 90 por cento das águas residuais sejam recicladas para uso agrícola e, nos últimos anos, a providencial construção de usinas de dessalinização de águas captadas no Mar Mediterrâneo.
Desde 2005, Israel já pôs a funcionar quatro usinas de dessalinização, com uma quinta programada para iniciar sua produção ainda este ano. Cerca de 35 por cento da água potável de qualidade de Israel agora vem da dessalinização. Esse número deverá ultrapassar 40 por cento no próximo ano e atingir 70 por cento em 2050.
A usina de dessalinização de Sorek, localizada a cerca de 15 km (10 milhas) ao sul de Tel Aviv, oferece um vislumbre do que será o futuro hídrico de Israel.
Com um zumbido forte, o enorme complexo produz cerca de 20 por cento da água potável pura e de ótima qualidade fornecida ao município de Israel, captando por sucção a água do mar do Mediterrâneo nas proximidades através de um par de tubos com 2,5 metros de diâmetro para, em seguida, filtrá-la por meio de "membranas" avançadas que removem o sal e produzindo água potável limpa após tratamento simples de decantação, onde todas as impurezas são precipitadas e eliminadas. Uma descarga salgada, ou salmoura, é bombeada de volta para o mar, onde rapidamente é solubilizada. A instalação, que se estende por uma área equivalente a quase seis campos de futebol em comprimento, entrou em funcionamento no final do ano passado, com um rendimento superior ao esperado pelos técnicos.
Avshalom Felber, diretor executivo da empresa "IDE Technologies", operadora da usina, disse que o complexo de Sorek é o "maior e mais avançado" de seu tipo no mundo, produzindo 624 mil metros cúbicos de água potável por dia. Disse ainda que o custo de produção está entre os menores do mundo, o que significa que poderá cobrir as necessidades de água de uma família típica por cerca de 300 a 500 ao ano. "Basicamente, esta dessalinização, como uma solução eficaz para o problema da seca e do clima semiárido, provou ser adequada e ideal para Israel e o país tornou-se praticamente independente em termos de água".
Ao atender suas necessidades de água potável, Israel pode se concentrar no planejamento agrícola, industrial e urbano no longo prazo sem ter que pensar em reservar a água dos poucos mananciais que também servem aos seus vizinhos", acrescentou.
As disputas sobre a água, no passado, acabaram provocando a guerra, e encontrar uma fórmula para dividir os recursos hídricos compartilhados tem sido uma das questões "centrais" em conversações de paz entre israelenses e palestinos. Com as usinas atuais e futuras em pleno funcionamento, Israel estará em condições até de socorrer seus vizinhos com o precioso líquido, criando condições para que um verdadeiro sentimento de tolerância entre os povos da região possa se desenvolver.
Jack Gilron, especialista em dessalinização da Universidade de Ben-Gurion, disse que Israel agora deve usar a sua experiência para resolver os crônicos problemas de escassez de água regionais. "No final, se toda a gente tiver água suficiente, podemos tirar disso uma razão desnecessária para que haja conflito. O que Israel pretende, em última análise, é se tornar um estado parceiro que os vizinhos não queiram jamais que se acabe", disse ele .
De fato, Israel já deu alguns pequenos passos nessa direção. No ano passado, assinou um acordo para a construção de uma usina de dessalinização compartilhada com a Jordânia para vender mais água aos palestinos praticamente pelo custo de produção.
Os avanços de Israel na tecnologia de dessalinização da água do mar poderá ajudar o país a fornecer água adicional à árida Cisjordânia, seja através tubulação de água tratada ou revisando os acordos existentes para dar aos palestinos uma parte maior das fontes naturais que compartilha com eles.
"A dessalinização, combinada com a liderança de Israel na reutilização de águas residuais, representa oportunidades políticas que não estavam visíveis no horizonte regional há cinco anos", disse Gidon Bromberg, diretor da ONG "Israel e Amigos da Terra do Oriente Médio", um grupo de defesa ambiental que recebe doações privadas.
Pelos acordos de paz assinados há duas décadas, Israel controla 80 por cento dos recursos hídricos compartilhados, cabendo aos palestinos apenas 20 por cento do fluxo. Um acordo mais justo poderá remover uma das principais fontes de tensão, abrindo o caminho para que ambas as partes abordem outras questões até que se sintam em condições de coexistirem pacificamente, acrescentou Bromberg.
Mas, com a mais recente rodada de negociações de paz, promovidas pelo Vice Presidente americano John Kerry, tendo entrado em colapso no mês passado, diminuem drasticamente as esperanças de se conseguir um progresso palpável em qualquer uma das questões centrais em futuro próximo.
Além disso, disse Bromberg, a dessalinização não é uma solução para todos os problemas. As culturas vegetais necessitam de imensas quantidades de energia e nutrientes, consumindo cerca de 10 por cento da produção total de eletricidade de Israel, disse ele.
O impacto exato dessas usinas de dessalinização no Mediterrâneo também ainda não está claro, acrescentou. Um certo número de países, incluindo Chipre, Líbano e Egito, estão usando ou considerando o uso de usinas de dessalinização como Israel. Embora os cientistas achem que para uma pequeníssima elevação da salinidade do Mar Mediterrâneo - capaz de alterar o biota dessa área marítima - precisará que mais de mil usinas como essa entrem em funcionamento simultâneo, ainda não se tem estudos quânticos suficiente para realizar tal medida de impacto ambiental.
Felber, do IDE, disse que o impacto de retornar a salmoura para o mar é "desprezível". Mas Bromberg insiste que é muito cedo para se dizer qual será o impacto que várias usinas teriam, ao dizer que "muito mais pesquisas serão necessárias".
Ao se apoiar tão fortemente na dessalinização surge também um potencial risco de segurança. Ataques de mísseis ou outras ameaças militares ou simplesmente terroristas poderão anular a capacidade de fornecimento de grandes quantidades de água potável ao país e futuramente até à região toda.
Tais ameaças se tornam ainda maiores e mais graves levando-se em conta a belicosidade antissemita demonstrada por países árabes do Golfo Pérsico, que dependem da dessalinização em mais de 90 por cento das suas reservas de água potável e que estão localizados muito mais perto do alcance do rival Irã.
As instalações de Sorek estão fortemente protegidas por cercas, câmeras de segurança e com guardas em tempo integral e não está conectada à Internet, mas, ao invés, usa um servidor privado para evitar ataques cibernéticos. Porém, como outras infraestruturas chaves, a usina poderá se mostrar suscetível a ataques de mísseis. Durante a guerra de 2006, por exemplo, militantes do Hezbollah libanês tentaram atacar uma usina de energia israelense.
Tenne, uma Autoridade de Água, reconheceu que "qualquer coisa em Israel é vulnerável", mas disse que o mesmo pode ser dito para a infraestrutura sensível por trás das linhas inimigas. "Esperamos que as pessoas sejam inteligentes o suficiente para não prejudicar tal infraestrutura", disse ele .

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