Pesquisa e texto de Ray Pinheiro.
Hoje é um dia muito importante para todos os brasileiros, pois comemoramos mais um aniversário da Proclamação da República, ocorrida naquela longínqua manhã do dia 15 de novembro de 1889.
É por isso que, com muita alegria no coração, devemos fazer uma séria reflexão sobre os fatos ocorridos naquele momento da nossa história, e reverenciarmos todos aqueles que se entregaram com denodo, coragem e vigor patriótico, na busca dos caminhos que levaram à nossa definitiva emancipação política.
Faço-o, sobretudo, estimulado pelo espírito cívico, e por não encontrar qualquer manifestação alusiva a esta tão expressiva data, na mídia nacional. Como sempre nesses desgovernos petistas petralha , onde roubos e corrupção é mato!
ANTECEDENTES:
No início dos anos 80 do Século XIX, já existia um crescente descompasso entre a monarquia escravista e uma parcela significativa da oficialidade do Exército, francamente abolicionista e republicana. Este abismo não solucionado com a abolição da escravatura, além da propaganda republicana cada vez mais intensa através da imprensa engajada e dos comícios inflamados, começaram a receber a adesão da população.
As críticas contundentes aos membros da família real, em especial ao Imperador D. Pedro II, visavam evitar o estabelecimento de um Terceiro Reinado, sob a égide da Princesa Isabel e do seu marido, o Conde d`Eu, de nacionalidade francesa.
Criticava-se o Poder Moderador, a vitaliciedade do Senado, a ausência de liberdade religiosa, a inexistência de autonomia das Províncias, etc. Enfim, desejava-se uma descentralização administrativa e política para o Brasil.
Além disso, O Exército Brasileiro se insurgia fortemente contra a corrupção existente na Corte e contra a proibição imposta pela Monarquia, pela qual os oficiais do Exército não podiam se manifestar sem prévia autorização do Ministro da Guerra(que era um civil), sendo que vários oficiais já haviam sido severamente punidos.
Em novembro de 1889, a crise chegou no seu auge e a movimentação ocorreu de tal forma, que o golpe militar que estava previsto para 20 de novembro, teve de ser antecipado, posto que no dia 14 divulgou-se notícia de que estaria iminente a prisão do Tenente-Coronel Benjamin Constant e também de Deodoro da Fonseca, e mais, que já estaria pronto um Ato extinguindo o Exército e o substituindo pela Guarda Nacional.
Na manhã do dia 15 de novembro, Deodoro, à frente de um Batalhão, marchou para o Ministério da Guerra. Montado em seu cavalo, Deodoro entrou no prédio do Ministério depondo o Gabinete que se encontrava reunido, prendendo o Visconde de Ouro Preto que o presidia, terminando, assim, com o último Gabinete da Monarquia.
No dia seguinte, 16 de novembro, o major Frederico Sampaio Ribeiro, a mando de Deodoro, entregou a D. Pedro II que acabara de retornar de Petrópolis em razão dos acontecimentos do Rio de Janeiro, uma comunicação cientificando-o da proclamação do novo regime e solicitando a sua imediata partida para o exterior.
No dia 18 de novembro (três dias depois), D. Pedro II e toda a família real partia para o exílio na Europa.
Proclamada a República, instituiu-se imediatamente um Governo Provisório, na noite do dia 19 de novembro, para dirigir o País até que fosse elaborada uma nova Constituição.
Não se esquecendo que dia 19 de Novembro é o dia da Bandeira Brasileira , muito esquecida por esta CORJA vermelha desse desgoverno.
Organização do Governo Provisório :
Chefe do Gov. Provisório : Mal Deodoro da Fonseca ................. Maçom
Min. do Interior Aristides Lobo.................................... "
Min. dos Transportes : Quintino Bocaiúva ............................. "
Min. da Guerra : Benjamin Constant ............................ "
Min. da Fazenda : Rui Barbosa ...................................... "
Min. da Justiça : Campos Salles ................................... "
Min. da Marinha(Armada): Eduardo Wandenkolk ........................ "
Min. da Agricultura : Demétrio Ribeiro .............................. "
PRINCIPAIS MEDIDAS DO GOVERNO PROVISÓRIO:
- banimento da família imperial;
- escolha do Regime Federativo Republicano de governo;
- transformação das antigas Províncias em Estados;
- subordinação das FFAA ao novo governo;
- abolição da vitaliciedade dos Senadores;
- extinção do Conselho de Estado;
- dissolução da Câmara dos Deputados e do Senado;
- criação da Bandeira Republicana;
- convocação de uma Assembleia Constituinte;
- separação entre a Igreja e o Estado;
- reforma do Código Penal; e,
- definição do Rio de Janeiro como sede provisória do governo.
Caros amigos, aí está, de forma bastante sintética, a descrição dos principais episódios que resultaram na Proclamação da República, e que vieram, graças à determinação de tantos brasileiros idealistas, pavimentar os novos e promissores caminhos da nossa história republicana.
PARABÉNS BRASIL REPUBLICANO!
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