domingo, 5 de abril de 2015

ESSA NOSSA INCONFIDÊNCIA MINEIRA DE TODO DIA...

ESSA NOSSA INCONFIDÊNCIA MINEIRA DE TODO DIA...

Especialmente quando ingressamos no Mês de Abril, em dias acalorados de hoje, em que se discute, ainda com maior simbolismo,  a Crise Financeira Mundial , a Desoneração Fiscal e o Papel do Estado Brasileiro na Economia e nos Meios de Produção, no promiscuo Jogo Político do “Toma Lá e Me Dá Cá ”do Congresso Nacional, e entre os vários Institutos da Federação, União, Estados e Municípios , tendo por personagens Figuras já Carimbadas da Velha República, tais como José Sarney, Michel Temer , Lula da Silva e outros, é necessário, especialmente, que reportemos o 21 de abril de 1789, em que, cansados do Jugo Português e da Ferocidade Arrecadatória da Coroa, reuniram-se, em Vila Rica - MG, atual cidade de Ouro Preto, alguns intelectuais da época, a destacar, Cláudio Manoel, Thomaz Antônio Gonzaga, Marília de Dirceu, Padre Rolim, O São-joanense Joaquim José da Silva Xavier (Tiradentes) , e muitos, muitos sonegadores...
Intuídos em tramar contra a Derrama , dia de recolhimento compulsivo do imposto do quinto do ouro atrasado, o Movimento , debelado pela traição de Antônio Silvério dos Reis, entrou para a História como sendo a " Inconfidência Mineira ", tida, por muitos, como precursora da Independência do Brasil, gravada a ferro e a fogo nos dizeres: “ Libertas quae será tamen ”.
No próximo dia 21 de Abril 2015, comemoraremos duzentos e vinte poucos anos do lacônico ensejo, culminado com o enforcamento de Joaquim José da Silva Xavier: O Tiradentes .
Nesta data, no entanto, daquele Brasil Colonial, antagonizado pelos Inconfidentes , muito pouco, de fato, fora mudado, comparando-se com o Brasil de Hoje, o Brasil da “ Ordem e Progresso ”, estigmatizado na nossa Bandeira...
Contemporânea da Revolução Francesa, 1789, onde os ideais iluministas preponderaram, e se alastraram pelo mundo, " liberdade, igualdade e fraternidade ", também incorporados na Bandeira do Estado de Minas Gerais, no lema: " Liberdade ainda que tardia ”, a Inconfidência Mineira , contudo, ao meu modesto ver, ainda não acabou, mas está por vir...
Senão vejamos: Assola-nos, hoje, da mesma forma que, então, a Coroa Portuguesa, o Estado Brasileiro, com tremenda carga tributária, e tal qual as “ Cartas Régias de D. Maria I ”, que proibiam a atividade produtiva e industrial no Brasil, as diferentes instâncias de governo punem, igualmente agora, a atividade laboral e os valores do trabalho, seja através das inúmeras prefeituras municipais, com avantajados “ ISSs ” e necessários “ alvarás licenciatórios ”, seja na Pessoa dos diversos Estados, meio que estipulando, em tempos modernos, o verdadeiro "imposto do quinto" , atual, traduzido pelo “ ICMS proibitivo ”, ou seja, o Governo Federal, representado pelo açoite injusto dos “ IMPOSTOS ABSURDOS ” e os acentuados “ IPIs ” da vida.
Tudo isso, a remendar o Brasil Colônia, em pleno século XXI.
Não fosse o bastante, assim como na antiga Vila Rica, a imobilidade social é absurda, e a falta de distribuição de riqueza é gritante, aviltando os valores éticos, morais e patrióticos da Sociedade Moderna.
Minha Minas Gerais , por si só, intitula-se, a si mesma, como sendo o " Estado da Liberdade "; A de pelo menos uma vez por ano, a todo santo dia 21 de Abril, quando transfere simbolicamente a Capital do Estado para Ouro Preto, recebendo, em verdadeiros “ showmissios”, presidentes, e políticos de toda sorte.
Mas, parece-nos, todavia, que, ao referir-se à “ Liberdade” , a Minas Gerais de Hoje, governada por um Petralha não o faz como Instituto . Versa, sim, o Estado Mineiro, tão somente, sobre a palavra bonita de se pronunciar:" Liberdade ". Onissonora. Dispõe, assim, apenas sobre a “ Liberdade ”, como mero fonema. Simples som produzido pelas cordas vocais do Orador. Não dispõe, na verdade, sobre a “ Liberdade Conjurada ”: A petrificada no tempo, aprisionada na História, e, enforcada junto com O Tiradentes , no cadafalso da Praça Homônima.
O Tiradentes de quem falo, agora, é o Vivo , e não a Estatua, com quem rivaliza, mansamente. Instalada entre as Avenidas Afonso Pena e Brasil, em Belo Horizonte.
Não me refiro ao Tiradentes, de mãos amarradas para trás e pés vacilantes. Ao maltrapilho, que, a todo o momento, nos vende a suposta imagem do Homem, que, amedrontado, em Pedra-sabão , não teve tempo para correr.
Falo, sim, do “ Tiradentes Vivo ”, que anseia por “ Liberdade” . Hoje, aqui, e agora! Nos morros e nas favelas, nas marés e nos subúrbios. O que torce freneticamente para o Time do Atlético , ou então, pelo do Cruzeiro . O que prefere ouvir MPB , ou, às vezes, a Música Sertaneja de “ Pena Branca e Xavantinho ”. Tanto faz, desde que seja brasileiro, desse Imenso País Continente.
Falo do Tiradentes, o chamado por: João , Antônio ou, quiçá, Maria . O Cidadão Brasileiro . O que sabe, com certeza absoluta, que a “ Liberdade ” não é um Bem que se ache nas gôndolas de supermercado, ou que se adquira, eventualmente, ali na prateleira da Lojinha da Esquina.
Falo do “ Tiradentes Vivo”, o que se esculpi a cada novo dia, nos pivetes e sinaleiros de trânsito. O que sabe com convicção patriótica: “A “ Liberdade” não é algo que se conquista, absolutamente e de forma definitiva, ou algo que se consuma, para todo o sempre. Porque a “ Liberdade” somente se faz no total, amplo e permanente “ Exercício” . Dia a dia. Na “ Derrama de Hoje em Dia” , que, mais uma vez, virá!”

Eu sou Ray Pinheiro.
Um São-joanense na Capital de todos os Brasileiros.

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