sexta-feira, 3 de abril de 2015

MEU SENHOR E MEU DEUS , PORQUE ME ABANDONASTES , VIGIEM COMIGO !!!

MEU SENHOR E MEU DEUS , PORQUE ME ABANDONASTES , VIGIEM COMIGO !!!
 
"Ai, os soldados levaram nosso mestre Jesus para o pátio interno do Palácio do Governador e reuniram toda a tropa. Depois, vestiram em mestre Jesus uma capa vermelha e puseram na cabeça dele uma coroa feita de ramos cheios de espinhos. E começaram a saudá-lo, dizendo: - Viva o Rei dos Judeus! Batiam na cabeça dele com um bastão, cuspiam nele e se ajoelhavam, fingindo que o estavam adorando. Depois de terem caçoado dele, tiraram a capa vermelha e o vestiram com as suas próprias roupas. Em seguida o levaram para fora, a fim de o crucificarem.
Os episódios que antecederam a morte de nosso mestre Jesus foram marcados por atos de extrema injustiça e crueldade. A prisão do Cristo foi tramada a partir da traição de seu discípulo Judas Iscariotes , e bem podemos imaginar o que significa ser traído por um amigo. O ataque de um inimigo chega a ser compreensível e esperado. Mas a traição de um amigo é um duro golpe, que
nosso mestre Jesus não deixou de sentir, sem guardar, porém, qualquer mágoa do amigo equivocado.
Depois, mestre Jesus foi julgado pelo Conselho Sacerdotal (SINÉDRIO), composto não apenas por sacerdotes, mas, também, por representantes dos fariseus e saduceus. Consta do Evangelho de Marcos que os chefes dos sacerdotes e todo o Conselho estavam procurando encontrar alguma razão jurídica plausível, capaz de levar mestre Jesus à morte. Mas não encontravam um motivo sequer para tal intento. A única saída que o Conselho encontrou para incriminar Jesus consistiu na afirmação do próprio Mestre de que Ele era o Messias, o que, para os sacerdotes, representava uma grande blasfêmia. O Sinédrio, então, houve por bem condenar mestre Jesus à morte.
Entretanto, o Conselho não tinha poderes para condenar alguém à morte, pois somente o poder político de Roma poderia fazê-lo. Os sacerdotes levaram mestre Jesus ao Governador Pilatos, que interrogou o Mestre e não viu nada que o incriminasse. Mas o povo, insuflado pelos sacerdotes, pediu a Pilatos que nosso mestre Jesus fosse crucificado. O Governador, querendo agradar ao povo e não se indispor com a classe sacerdotal, lavou as mãos e autorizou a crucificação de Jesus.
A partir de então, mestre Jesus, que já havia sofrido agressões dos guardas do Sinédrio, passou a ser violentamente agredido pelos soldados de Pilatos, conforme descrição do Evangelista Marcos, inserida no início deste capítulo. Açoites com os chicotes dentados abriram o corpo de Jesus. A coroa de espinhos, as pauladas o rosto e na cabeça, afora alguns guardas que ainda cuspiram nele... Tudo isso mostra que a condenação do Cristo foi além das dores da crucificação. E  sofria em silêncio. Nenhuma palavra se ouvia de seus lábios. Depois de todas as agressões narradas, ainda vieram os pregos da crucificação, nos punhos e os pés. E, mesmo depois de morto, um soldado ainda perfurou o coração de Jesus com uma lança.
Estas cenas dantescas fazem brotar em mim uma pergunta inquietante: Para nós, cristãos, o sofrimento e a morte de nosso mestre Jesus teriam sido em vão?
 E, afunilando as indagações, eu me pergunto se todo calvário que Ele enfrentou, sem nenhuma culpa para isso, não me tem sensibilizado o suficiente para agir de forma mais cristã em minha vida... Jesus morreu por sua mensagem de amor e fraternidade entre os homens. E, quanto a mim, tenho me guiado por esta mensagem, deixando crucificar o homem velho, egoísta e orgulhoso que ainda habita em mim?
Será que mestre Jesus não continua sendo crucificado por nós, quando ignoramos a sua mensagem? Creio que Ele ainda continua pregado na cruz ao constatar que, apesar de sua mensagem de amor e solidariedade, mais de um bilhão de pessoas no planeta ainda estão morrendo de fome; Imagino que o Nazareno ainda continue recebendo novas coroas de espinhos, ao se deparar com a corrupção
desse desgoverno petralha campeando na política e nas relações comerciais. O Mestre até hoje recebe cusparadas no rosto, quando encontra os cristãos digladiando entre si, fomentando discórdias e, muitas vezes, odiando uns aos outros.
O Cristo continua tendo o peito atravessado pelas lanças dos nossos gestos de vingança, ao não aceitarmos o seu ensinamento de "perdoar setenta vezes sete". Continuamos chicoteando mestre Jesus, quando nos isolamos das pessoas por motivo de raça, religião ou convicção política. O Cristo continua chorado, quando fazemos as pessoas chorarem por nosso comportamento violento.
Como continuar fazendo tudo isso e querer ainda tocar nosso mestre
Jesus pedindo-lhe a benção, se o Mestre continua sofrendo com as nossas loucuras? Será que nosso mestre Jesus continuará sozinho na cruz ou nós também teremos a coragem de tomar a nossa cruz e, a partir dela,  transformar o Mundo pela força do nosso amor? Momentos antes de ser preso nosso mestre Jesus orava, rezava , fazia preces no Jardim do Getsêmani. Três discípulos estavam próximos ao nosso Mestre. Ele sabia que, em breves momentos, seria preso, por isso, estava triste e aflito, narram as Escrituras. Depois que voltou da oração, reza , preces , mestre Jesus encontrou os discípulos dormindo, e, provavelmente decepcionado, disse aos seus seguidores:
Será que vocês não podem vigiar comigo nem uma hora?
Nosso mestre Jesus se sentiu sozinho, abandonado pelos próprios discípulos. Esta pergunta de mestre Jesus chega até nós nos dias de hoje. Será que vamos continuar deixando o Cristo sozinho? Vamos continuar dormindo? A obra do amor na face da Terra não é somente de mestre Jesus! A injustiça e o desamor na Terra ainda são gritantes porque nós. cristãos, temos sido omissos. Temos deixado
nosso mestre Jesus sozinho.
Nossa vida pessoal também não caminha bem porque vivemos longe dos ensinamentos do Mestre. Se amássemos mais, se perdoássemos mais, se perseverássemos mais, se fossemos mais caridosos, muita coisa em nossa vida já teria mudado para melhor há muito tempo com certeza.
Nós precisamos de nosso mestre Jesus, mas mestre Jesus também precisa de nós. Você está só. Ele também. Não chegou a hora de nos unirmos a Ele de uma vez por todas? Não chegou a hora de tirá-lo da cruz?
Soli Deo Glória...
 Dominus Tecum...
 Dominus Vobiscum...
 Namastê...
 UMA FELIZ E SANTA PÁSCOA A TODOS.
 Eu sou Ray Pinheiro. 

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