O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para conosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se.
Nosso maior entrave, na aceitação das promessas e dos projetos do Senhor, reside em nossa limitação humana marcada pela temporalidade. Pedro nos dá uma ajuda, na discussão do tema: “O Senhor não demora em cumprir a Sua promessa, como julgam alguns. Ao contrário, Ele é paciente com vocês, não querendo que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento” .
A abordagem de Pedro desvia o centro do debate. Ao invés de focalizar as desvantagens da impaciência humana, o apóstolo nos encoraja a descobrir o significado da incompreensível paciência do Senhor! O que nós chamamos de “demora de Deus”, o Evangelho identifica como o tempo necessário para o pleno desenvolvimento da “imagem de Deus” dentro de cada um de nós.
Por qual razão o Senhor é paciente conosco, “não querendo que ninguém pereça, mas que todos cheguem ao arrependimento”? Porque o mudar a direção e o sentido de nossa vida implica em entregar nossa autonomia ao Espírito de luz do Cristo. E a vivência completa desta entrega exige um lento amadurecimento espiritual. Este processo todo, nos ensina Pedro, só é possível porque o Deus eterno, na pessoa de nosso mestre Jesus, adentrou os limites do nosso tempo e nos injetou a semente da “vida eterna”! Pensando bem, nos sugere Pedro, o Senhor nunca demora “em cumprir a Sua promessa”.
Que diremos, pois, a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra nós?
O evangelho da graça é a resposta de Deus a humanidade que está debaixo de condenação. Se você tem vivido uma vida vazia, com um coração rebelde e obstinado, cheio de maldades, eu te convido a fazer a jornada da mulher adúltera. Deixe a lei evidenciar o tamanho do seu lado ruim. E, diante daquele amoroso Salvador, que há de julgar os vivos e os mortos, fique em silêncio. Ele lhe mostrará o Seu amor! Mostrará que Ele subiu a cruz por você, e mesmo se você fosse a única pessoa carente de salvação em todo o universo, ainda assim Ele morreria para lhe salvar!
Uma vez impactado pelo Seu amor, vá! Siga a jornada que lhe foi reservada com fé naquele que chama os condenados para o seu banquete. E não faça maldades mais! Não deixe a maldade roubar a vida plena que ele preparou cuidadosamente para você. Mas, se acaso você pensar em maldades, lembre-se: você não é mais condenado! Você tem um advogado junto ao Pai. Você foi justificado de uma vez por todas. Apegue-se a promessa do perdão, se levante e tente outra vez, até acertar!
E ela disse: Ninguém, Senhor. E disse-lhe Jesus: Nem eu também te condeno; vai-te, e não faça maldades mais.
A terceira coisa que o evangelho da graça nos concede é o amor permanente de Deus por nós, que nos levará a uma mudança de atitude. Ninguém que foi justificado conseguirá viver a mesma vida de maldades de outrora. Somente quem nunca sentiu a força da condenação permanece deliberadamente na maldade. Aqueles que ouviram nosso mestre Jesus lhes dizer: "Onde estão os teus acusadores?" e "Nem eu te condeno" também irão ouvir "vai e não faça maldades mais". Podemos vencer a escravidão da maldade porque agora somos amados por Deus incondicionalmente.
Para nos esquecermos de um antigo amor, precisamos conhecer outro, ainda maior. O antigo elo que nos aprisionava a maldade foi rompido, e agora, amados por Deus e aprendendo a amá-lo, podemos caminhar em novidade de vida enquanto terrestres.
Soli Deo Glória...
Dominus Tecum...
Dominus Vobiscum...
Namastê...
Eu sou Ray Pinheiro.
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