Davi sabia que alianças com outros reis podiam fortalecer seu governo. Entretanto, ele aprendeu que se apoio decisivo sempre veio de Deus. Daí o seu Salmo que aprecio muito: “Espera no Senhor, anima-te e Ele fortalecerá o teu coração: espera, pois, no Senhor”.
A realidade nos ensina que, na vida social, dependemos uns dos outros. Mas ela ensina, também, que a ajuda humana é precária. E, às vezes, perigosa. Não são apenas os inimigos que procuram nos prejudicar. O que mais nos machuca é a traição dos amigos, quando mais precisamos de apoio e aqui tem aos montes. Traições produzem estragos profundos.
A ajuda de Deus está sempre ao nosso alcance. O obstáculo à ação do Senhor reside em nós mesmos, em nosso medo de nos entregarmos ao Seu senhorio. Por isso, Davi repete: “espera no Senhor”. Nossos medos enfraquecem nossa fé. Todavia, quando nos jogamos nos braços do Senhor, aos poucos, nos damos conta do Seu poder, da Sua capacidade de nos libertar dos perigos. Não somos condenados ao desespero. Experimentar as soluções divinas fortalece nosso coração.
Continuando esse meu comentário , depois foram Moisés e Arão e disseram a Faraó: Assim diz o SENHOR Deus de Israel: Deixa ir o meu povo, para que me celebre uma festa no deserto.
Deus costuma permitir o caos antes de instaurar a ordem. Temos muita dificuldade de aceitar isso. Queremos uma intervenção de Deus que resolva os conflitos, dilemas e erros que cometemos, sem que isso nos custe preço algum. Não queremos um Deus que reine sobre nossas vidas, mas um gênio da lâmpada que realize nossos sonhos. Moisés e Arão se apresentam pela primeira vez ao rei. Todos esperam uma resolução pacífica do conflito e que o rei libere facilmente uma força de trabalho de cerca de seiscentos mil homens. Obviamente isso não vai acontecer. Primeiro o caos, depois a ordem. O rei, irado, aumenta o trabalho escravo dos israelitas e eles se voltam contra os líderes que Deus levantou. Essa cena lhe parece familiar?
O evangelho nos promete a salvação gratuitamente, por uma obra idealizada, consumada e comunicada aos pecadores unicamente pelo poder de Deus e por sua livre graça. Mas o discipulado, que é a nossa decisão pessoal de mortificarmos a carne e nos posicionarmos como discípulos de Cristo em meio a essa geração perversa, custará um alto preço de mim e de você. Estamos plenamente seguros da salvação por causa do Cristo fez, mas se não aceitarmos a cruz de cada dia, seremos discípulos imaturos e infrutíferos. Nessa misteriosa equação da graça, Deus fez a parte dele (em nos escolher, chamar, justificar e glorificar). Cabe a nós fazermos a nossa parte (crescer na graça e no conhecimento, nos tornando diariamente servos de Deus de dos homens no cumprimento da grande comissão). Ele nos mostrou os israelitas indispostos a pagarem o preço por sua libertação. A história tem mostrado cristãos decepcionados com Deus por não entenderem sua posição e missão no mundo.
Soli Deo Glória...
Dominus Tecum...
Dominus Vobiscum...
Namastê...
Eu sou Ray Pinheiro.
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