sábado, 8 de dezembro de 2012



"AH! QUEM AMA PERDOA MEU AMIGO , MINHA AMIGA"

O campo da mediunidade é um dos terrenos mais explorados. As regras excessivas impostas à mediunidade foram alvo, e ainda continuam sendo, de intensa atuação das
entidades que querem nublar o conhecimento humano acerca das questões da
imortalidade da alma.
O problema é o excesso.
A disciplina é bem-vinda. Sem ela nada realizamos neste campo de serviço espiritual.
A título de segurança contra o excesso de imaginação, adotou-se a normatização, e uma
nova proibição, em forma de cultura e hábitos, tomou conta de quase todos os
núcleos de intercâmbio com nosso plano na seara espírita Cristã. Uma poda
injustificável. O resultado é o cerceamento do mais rico atributo no exercício
mediúnico: a espontaneidade. A espontaneidade significa fluir dos sentimentos em
busca da verdade. O temor de errar, o sentimento de inutilidade das sessões, a
tensão criada em razão da idealização para servir ao mundo espiritual bloqueiam
os reflexos naturais que poderiam ser estampados no espelho da mente livre,
retratando com mais fidelidade as paisagens da vida fora da matéria no âmbito
das esferas que nós mesmos ocupamos ao deixar o corpo físico.
Espontaneidade,entretanto, significa apresentar-se de modo mais autêntico. Ser espontâneo é ser quem é ou expressar-se mais livremente. Nisso reside a causa de excessivos cuidados, pois quem está apto a lidar com a autenticidade alheia, com a
expressão livre dos sentimentos?
Os dirigentes da seara, com raríssimas exceções, foram treinados para doutrinar.
Aprenderam técnicas de diálogo fraternal com os desencarnados, Fizeram verdadeiros e
valorosos cursos que, em síntese, são orientações para relações humanas
previsíveis com os desencarnados. Foram orientados para a convivência com
espíritos, sendo que se distanciam da boa convivência com seus pares no plano
físico.Foi-se o tempo em que a tarefa mediúnica era feita somente a poder de boa vontade. O tempo renova as necessidades entre os homens e, igualmente, as mudanças ocorrem entre nós, fora da matéria física.
Percebendo essa larga porta aberta, falanges adversárias dos espíritas cristãos e do Espiritismo Cristão organizaram campanhas pela disseminação de uma cultura de engessamento,
usando o próprio despreparo dos homens no trato com assuntos da vida do
Espírito. Sussurraram em corações bondosos, mas desprevenidos, a suspensão de
tarefas mediúnicas e o afastamento de médiuns que não se adequavam às novas
normas. Muitos desses médiuns foram taxados de indisciplinados, rebeldes a
regras e obsediados. O esclarecimento foi incentivado a título de melhor
preparar os médiuns para seus deveres. E, enquanto crescia o estudo, diminuía a
autenticidade. Modelos de reuniões começaram a ser adotados, e as reuniões
mediúnicas, que no início do Espiritismo Cristão eram ricas de simplicidade e
afeto, passaram a ter denominações e graus diversos.
A história dos últimos quarenta anos do movimento Espírita Cristão conduziu a prática mediúnica ao patamar de uma atividade discreta, seletiva, quase oculta e extremamente intelectualizada.
Sua função social dos tempos de Kardec e do Espiritismo Cristão nascente no Brasil foi quase totalmente abandonada. Não fosse o esforço de orações sensíveis, que guardam o
tesouro de suas nobres intenções voltados para o socorro à dor alheia, por
intermédio de legítimas frentes de serviço de tratamento espiritual a encarnados
e desencarnados, não teríamos mais as sessões onde o povo pode confabular com o mundo espiritual.
Vale uma reflexão...
Pensem nisso...
Crux Dest Virtus Est...
Soli Deo Gloria...
DominusTecum...
Namastê...
Fraternalmente.
Eu Sou RAY PINHEIRO

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