segunda-feira, 12 de setembro de 2016

AH! ESSA ESQUERDA , AH! ESSA DIREITA !!!

AH! ESSA ESQUERDA , AH! ESSA DIREITA !!!
Minhas amigas , meus amigos , este escriba Ray Pinheiro , nesses últimos dias, em profunda reflexão , estive pensando bastante em como algumas pessoas, em pleno século XXI, 2016, podem ainda sentir orgulho de se apresentarem ao mundo sob o rótulo "sou de esquerda". Compreendo que em um passado recente até havia certo charme na adoção de um olhar mais progressista e uma posição mais à esquerda no espectro político. No entanto, com a imensidão de dados, fatos e informações em geral, bem típica dos dias atuais, é certo dizer que o pensamento e, por via de consequência, o projeto político-ideológico da esquerda estão mais do que falidos e desmoralizados. Se ainda desfrutam de certo prestígio e exercem influência em alguns setores da sociedade, isso se dá pelo que Saul Bellow sintetizou com a sua máxima: "Tesouros da inteligência podem ser investidos a serviço da ignorância quando é profunda a necessidade de uma ilusão". A escolha firme e intransigente do militante revolucionário pela irracionalidade, por uma teia de paixões ideológicas e impulsos subjetivos na tentativa de compreensão dos rumos da história e do mundo demonstra, com riqueza de detalhes, a sua crônica imaturidade e a sua imutável pobreza de espírito.
A esquerda sempre se alimenta da desordem, da desunião e do caos. Isso é um dado histórico. E o pior: Defende continuamente a união de todos em prol de um futuro melhor. A dissimulação é a essência de sua luta. Promete mundos e fundos para unir as pessoas no combate às injustiças sociais, mas tudo o que faz, com muita eficiência, é promover a desunião, a desagregação do povo, jogando uns contra os outros, reduzindo a vida em sociedade a uma violenta e persistente luta de classes. Apropriando-se de demandas válidas (como, por exemplo, a defesa de direitos ao pobre, à mulher e ao negro), a esquerda prostitui e transforma movimentos com reivindicações justas em máquinas de propaganda partidária e de puro oportunismo político. Por meio delas, destila rancor e busca jogar a responsabilidade pelos males do mundo em todos que se contrapuserem a ela. Tudo consiste em demonizar o inimigo sem lhe dar chance de defesa. Uma observação um pouco mais atenta, mais apurada revela o essencial: A ação dos grupos ditos progressistas, isto é, de esquerda, nunca está em consonância com o que é prometido, o conflito entre discurso e prática é inevitável. Defender um determinado tipo de ação e fazer exatamente o oposto é praxe. Em meio a esse lamaçal, surgem as lideranças que encarnam o papel de salvadoras, de senhoras de toda a verdade universal. Assumindo responsabilidades que não são suas, falam em nome das pessoas sem o consentimento delas. A plataforma de ideias e soluções emanadas por essas ditas lideranças, assim como por seus grupos de militância, é ultrapassada e não corresponde aos reais anseios da sociedade. Trata-se de uma postura flagrantemente arrogante e cínica. E, como bem sabemos, a maior parte da população não se sente representada nessa atmosfera ideológica contaminada por contradições, mentiras e ilicitudes.
Frente a essa lamentável realidade atual, é justo reconhecer: a esquerda, mesmo combalida pelos golpes do tempo e dos fatos, manteve quase intacta a sua primorosa capacidade de arregimentar seguidores e simpatizantes. Uma boa explicação para esse fenômeno pode ser bebida na fonte de Raymond Aron: “Quando o intelectual não se sente mais ligado à comunidade nem à religião de seus antepassados, pede às ideologias progressistas que tomem conta de sua alma”. Há pelo menos 62 anos, gerações inteiras de intelectuais, de pensadores brasileiros foram formadas com o único objetivo de preparar as bases para um amplo e versátil empreendimento de engenharia social. As consequências desse projeto criminoso podem ser facilmente constatadas nos dias de hoje: vivemos a era do politicamente correto, na qual a opinião livre e independente é criminalizada quando não convém aos ouvidos certos; o banditismo desenfreado é relativizado como a legítima cobrança de uma dívida social a ser paga pelas vítimas; a educação que, seja no colégio ou na universidade, deveria ser um instrumento de emancipação social e aprimoramento do senso crítico passou a ser uma ferramenta a serviço da perpetuidade da estupidez; a obstinada tentativa de destruição da moral como princípio de preservação social produziu efeitos devastadores no desenvolvimento da mentalidade de milhões pessoas que, engolidas pela força tirânica do relativismo em voga, têm se tornado incapazes de diferenciar o certo do errado, o justo do injusto, o honesto do desonesto; a consagração da mediocridade, da incompetência, da leviandade, da corrupção como fundamentos basilares da cultura nacional é hoje realidade patente; dentre inúmeras outras manifestações que comprovam o potencial arrasador da esquerda quando com o poder em mãos.
Reconhecer falhas e fracassos é uma virtude que a esquerda não cultua. Reflexo inequívoco disso é o uso regular de um artifício chamado por alguns autores de “monopólio da virtude”. Peguemos um exemplo atual: O PT PETRALHA , enquanto reconhecido e aclamado como o partido que tirou milhões de pessoas da miséria, era classificado, indubitavelmente, como de esquerda. Hoje, com a credibilidade no fundo do poço por ser o protagonista, dentre outras razões, dos maiores escândalos de corrupção do país, é chamado pelos mesmos admiradores do passado de partido neoliberal, isto é, de direita. Sim, eu sei, é surreal. O Brasil possui uma das mais elevadas cargas tributárias do mundo, além de ser um ambiente extremamente hostil ao livre empreendedorismo e à iniciativa privada. Uma conjuntura como essa seria absolutamente incompatível com um governo genuinamente de direita. Gigantismo estatal, deturpação do ideal meritocrático, corrupção como projeto de governo são apenas alguns exemplos que compõem o alinhamento político-ideológico do desgoverno que chegou ao poder no Brasil em 2003. Portanto, chamar o PT PETRALHA de neoliberal senão ignorância, deve ser visto como cretinice de um espírito certamente mau-caráter.
Filiar-se à esquerda é escolher a ficção quando a outra alternativa é a realidade. É usar e abusar de um maniqueísmo canalha para gerar sempre as explicações mais estapafúrdias e simplistas possíveis. É exercer protagonismo na produção e, posteriormente , na denúncia das maiores aberrações que assolam a sociedade. Se um dia, meus amigos , minhas amigas , caros leitores , caras leitoras , vocês se sentirem tentados a dar uma guinada à esquerda, procurem pensar no conselho do grande Chesterton: “Diante de um abismo, a única maneira de avançar é retroceder”.
Eu sou Ray Pinheiro.

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