segunda-feira, 26 de setembro de 2016

COMO DEFINIR SAUDADES , SERÁ QUE ELA TEM NOME?

COMO DEFINIR SAUDADES , SERÁ QUE ELA TEM NOME?

Minhas amigas , meus amigos , as vezes sentimos em certos dias, um vazio imenso em nossa vida. Ele pode ser pequeno ou grande, passageiro ou demorado, mas é um vazio escuro. Um vazio sem memórias. Um vazio sem nome. É a saudade daquilo que não foi, como a lembrança oculta em nossa mente: a mãe que partiu para a espiritualidade, o filho(a) que não nasceu, o abraço que não demos, o amor que recusamos e o sonho de que desistimos.
Esse vazio que não tem nome é diferente daqueles momentos em que nós sentimos falta de algo que já tivemos. A vida que ficou para trás, o amigo(a) da infância, o pai , quando ele ainda morava em nossa casa , o avô , avó , que já se foi… Essas saudades são como uma manhã de inverno em que o sol está nascendo. Mesmo sentindo o frio da ausência, sabemos que essas memórias estão presentes dentro de nós: o suave calor da lembrança conforta a dor da saudade , sim muita saudade.
A saudade que não tem nome é um dia nublado. Quem escreve como esse escriba Ray Pinheiro , sabe o que é isso. Estamos prontos para iniciar uma crônica ou escrever mais um trecho do livro em andamento, mas os dedos não se mexem sobre o teclado. Parece que há uma nuvem densa e cinzenta encobrindo a nossa mente. As palavras que dão nome aos sentimentos desaparecem. A saudade que não tem nome chega com a falta de inspiração.
Às vezes, não sabemos o que dizer. Parece que a clareza das ideias se dissipa na neblina do pensamento… Nós nos sentimos só. Ficamos abandonados com nuvens negras sobre nossa cabeça , era assim que estava me sentndo antes de iniciar este texto. Mas como é possível sentir saudade de algo que não tivemos?
Talvez, porque estamos nos olhando demais com os olhos que vêm de fora. Preocupados com que os outros pensam sobre nós, esquecemos as nossas conquistas; e, vivendo entre o passado (o que não fizemos) e o futuro (o que não sabemos se algum dia faremos), deixamos de lado o que realmente importa: o agora , ah! esse agora....
Tornamo-nos mais leves , e livres , quando nos desvinculamos das expectativas alheias. Respeitamos a opinião dos que nos querem bem, mas respeitamos mais a nós mesmos. Ao reflexo do espelho, podemos dizer: “eu sou as minhas escolhas”.
Também somos donos dos nossos sentimentos. A dor, a saudade, o medo. A alegria, a solidão, o ódio. O prazer, a paz, a culpa. É nessa miscelânea de sensações que mora a inspiração. Não falo apenas da inspiração para escrever, mas da aspiração pela vida: o estímulo para continuar acreditando em nós mesmos e em nosso próprio caminho a percorrer.
Visite nosso Blog: http://ray-pinheiro.blogspot.com/
E assim, num dia vazio , naqueles dias escuros e sem nome definido, como foi o início deste meu texto , o mistério da neblina se abre para descobrirmos que o que realmente importa sempre esteve aqui: dentro de nós, porque, apesar de um dia nublado, o sol continua atrás das nuvens , simples assim.
Namastê...
Eu sou Ray Pinheiro.

Nenhum comentário:

Postar um comentário