segunda-feira, 17 de outubro de 2016

POIS É , AMIGAS , AMIGOS , ESTÃO CONFUNDINDO INDEPENDÊNCIA EMOCIONAL COM DESAPEGO !!!


POIS É , AMIGAS , AMIGOS , ESTÃO CONFUNDINDO INDEPENDÊNCIA EMOCIONAL COM DESAPEGO !!!
Pois é minhas amigas , meus amigos , nunca se falou e escreveu tanto sobre ser feliz sozinho. Eu mesmo já abordei este assunto algumas vezes aqui e continuo acreditando que é bem melhor estar só do que mal acompanhado. Entretanto, vivemos atualmente uma “cultura do desapego” que tem colocado a pessoa na defensiva antes mesmo dela iniciar uma paquera ou uma nova amizade.
E este escriba Ray Pinheiro pode afirmar , estão confundindo independência emocional com desapego.
Ser independente emocionalmente é estar bem consigo mesmo, sozinho, como unidade, pois não é preciso outra pessoa para se sentir completo. Em outras palavras, é não ser dependente da aprovação alheia para a própria felicidade nem sentir ciúmes da amiga ou da parceira o tempo todo. Entretanto, ter independência emocional não significa abdicar da união sentimental com alguém. É possível estar com a outra , com mimos, declarações de carinho e até mesmo contato diário , sem ser dependente dele.
Desapego é o não apego, ou seja, é desligar-se de algo ou alguém. Abrir mão de objetos e bens materiais é um desprendimento sadio e demonstra evolução espiritual. Mas, ao se cultuar o desapego sentimental (“não vou demostrar a minha afeição para não parecer fraco”, “se ela não me procura, também não irei procurá-la”, “não preciso de ninguém” e “vou demorar para responder a mensagem para deixá-la esperando”), cria-se, desde o início de qualquer relação afetiva, laços sentimentais frágeis.
Parece que a onda agora é se esforçar cada vez menos para estar ao lado de alguém na esfera sentimental. Talvez por insegurança, ou para evitar qualquer tipo de sofrimento. Acontece que amar não é sofrer. A gente sofre depois que o amor acaba. Mas enquanto ele existe, é um sentimento tão honesto que somos capazes de respeitar a independência emocional do outro sem romper os vínculos afetivos com ela.
Após o término de uma relação que não deu certo, é normal o distanciamento, ou seja, o encerramento daquela etapa da vida. Mas quem inicia um relacionamento pensando “vou ficar na minha para não me apegar muito” já está terminando antes mesmo de começar é assim que penso.
Os relacionamentos superficiais são fruto dessa nova “cultura do desapego”: falta contato físico e sobra frieza emocional. A qualquer contratempo na relação, desiste-se da pessoa e parte-se para outra. Troca-se de namorada como se troca de roupa. Evita-se a amizade. Criam-se relacionamentos descartáveis. Pessoas descartáveis. Sorrisos descartáveis. Gente descrente. As vezes comento e resumo , em outras palavras, essa falta de ligação com o outro: “No século 21, só os corajosos sabem dizer: preciso de você”.
Está sobrando gente desapegada e está faltando abraço apertado, beijo molhado e carinho no peito. Tem muito grito de individualismo (ou seja, de independência egoísta) para pouco silêncio compartilhado. As pessoas se comunicam via cosmos com suas parafernálias tecnológicas e se esquecem da simplicidade do olho no olho que aprecio muito.
É natural desapegar-se do que não te faz bem ou daquilo que te traz infelicidade, mas não é saudável levar uma vida desapegada das pessoas. Os desapegados renunciam aos seus sentimentos. Eles até podem ser felizes sozinhos, mas nunca aprenderão como é bom estar junto de outra pessoa , quando vale a pena né...
Namastê...
Eu sou Ray Pinheiro.

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