sábado, 1 de outubro de 2016

AH! QUE NÃO SEJA TARDE DEMAIS , PARA QUE POSSAMOS APROVEITAR A BELA MADRUGADA QUE SE AVIZINHA , NA MINHA QUERIDA CIDADE NATAL SÃO JOÃO DEL REI - MG !!!

AH! QUE NÃO SEJA TARDE DEMAIS , PARA QUE POSSAMOS APROVEITAR A BELA MADRUGADA QUE SE AVIZINHA , NA MINHA QUERIDA CIDADE NATAL SÃO JOÃO DEL REI - MG !!!
Quem vive de passado anda de mãos dadas com a melancolia. Acaba por morar próximo de um vizinho carrasco, cujo nome é o ressentimento. Não há perdão nem à própria história: “aquilo que era vida”, “eu era feliz e não sabia”, “se eu tivesse feito assim, tudo teria sido diferente”. Tortura e sofreguidão, servidos na bandeja dos ressentidos! Entretanto, quem vive no amanhã é amigo(a) próximo da ansiedade. Sempre à espera. Sempre à espreita. E toda essa agitação faz o futuro não chegar. O depois é insuficiente demais, para que, justamente, nunca chegue: “amanhã eu ligo, amanhã eu digo, amanhã me desculpo, amanhã eu consigo, amanhã serei feliz e quem sabe, amanhã eu te amo , rsrs”. Acho mesmo que andaram bagunçando o tempo no Big Ben de nossas cabeças. Estamos brincando no De Lorean, desorientados, sofrendo os castigos de quem visita demais o passado ou o futuro.
Este escriba Ray Pinheiro não costuma guardar assuntos e trabalhos para o dia seguinte. Não que não faça planos, não queira crescer na vida, comemorar um bom negocio tributário. Claro que faço planos. Só não acho justo antecipar, nem os procrastinar ao irrealizável. O melhor da festa sempre será a festa. Nem a espera nem a lembrança. Hoje é o dia, o dia é hoje. Seja lá que tipo de calo aperta o passo, não importa, vamos dançar. Hoje vou ligar para você. Chamá-la para sair e rir. Vou comprar os ingressos do show do Roberto Carlos. Parcelar as passagens de avião, mas, sim, eu vou vê-la. Para você não esquecer o quanto eu o amo hoje. Hoje, vou abrir aquele vinho empoeirado, pedindo resgate da minha adega. Nesse tempo, vou ler o “Minha Vida na Paz e na Guerra”, de meu primo São-joanense , desencarnado , expedicionário , Major Cleto Pellegrinelli, antes que as palavras se embaralhem dentro do livro, rumo ao indecifrável. Hoje, vou amá-lo tanto, até gastar toda sola do meu coração. E amanhã, que será o novo hoje, deixo chegar, bater em mim o dia e reagir ao seu gosto. Quero que o sol me segure no peito da saudade e convide-me a ser um poeta com encantos. Aquele que segue um passo, depois o outro e depois o outro e depois… E vai adorando aquilo, sabendo que adora. Mas e o depois? Quem sabe verdadeiramente o que vem depois?
Eu era feliz e sabia. Sabia sim. Naquele momento, eu tinha certeza que era o melhor beijo do dia, o lugar onde queria estar, o melhor trabalho que podia oferecer. Eu era feliz e sabia, porque permiti gritar o gol do Corinthians , porque soube que, naquele instante, o pudim da minha desencarnada mãe Nair , era o mais gostoso do mundo. Tão feliz eu era e sabia, porque sabia que aqueles abraços eram feitos de sábado, aqueles sorrisos não mais caberiam noutro dia. Ah, eu não desconfiei que era felicidade, quando apertei as mãos do agora e me dei conta do universo que acontecia à minha volta. Eu estava lá no hoje, por isso, sabia que nada mais se repetiria. Não daquela maneira, com as mesmas pessoas, as mesmas cores, as mesmas palavras. Não com os mesmos olhares, nem as mesmas músicas que curto suspendendo a alegria no ar. Eu estava lá inteirinho, e vi, que eu era todo eu.
Hoje o dia está correndo, mas prefiro andar no meu tempo. Aqui estou, recebendo o dia, sem desconfiar do contentamento e da aprendizagem que o presente me traz. Viver o hoje é ofício dos que se querem verdadeiramente ser livres. Ainda há tempo de regular os ponteiros para abraçar o presente. É tarde demais? Se for tarde demais, não esquenta não, a gente aproveita a madrugada de minha cidade natal , a histórica São João Del Rei - MG , com seus Casarões Coloniais e suas belas Igrejas históricas.
Namastê.
Eu sou Ray Pinheiro.

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