quinta-feira, 20 de outubro de 2016

SEMPRE É GOSTOSO TENTAR SER FELIZ !!!


SEMPRE É GOSTOSO TENTAR SER FELIZ !!!

“Minhas amigas , meus amigos , como sempre diz o amigo Oswaldo Montenegro , eu quero ser feliz e você? Sempre me pergunto por que a felicidade passa tão rápido? Por que parece ser sempre uma procura por algo do qual só sentimos ora o resquício do gosto, ora o prenúncio do cheiro? E quando enfim ela vem , breve e apressada , ainda acabamos por azedá-la na ciência de perdê-la?”. Há alguns meses atrás recebi uma mensagem em meu computador , e informava-me a resposta de uma amiga a um e-mail que eu havia escrito depois de umas reflexões , em uma tarde ensolarada. Frequentemente, entre relatos de como ia a vida e lembranças de momentos preciosos, bem como essa politica desses petistas petralhas que acabaram com nosso Brasil , confessávamos nossas inquietações um ao outro em conversas construídas com pequenos desabafos e grandes aprendizados. Nessa ocasião, elegemos como tema o tão frequente (e pouco conclusivo) questionamento sobre o que é felicidade.
Eu havia assistido algum tempo atrás um documentário muito interessante sobre felicidade nas pessoas. Nele, percebi aliados a bons recursos técnicos e testemunhos emocionantes apresentavam a felicidade como algo intrínseco. O riso solto do indiano extremamente pobre porém grato pela relação de afeto com a família, a comunidade japonesa que escolheu a cooperação como prioridade e o surfista brasileiro que encontrou no mar a tranquilidade que buscava ditavam o tom da mensagem central: Apesar do peso de nossas individualidades na maneira de vermos e sentirmos o mundo, há alguns elementos universais, como gratidão, compaixão e contato com a natureza, eficazes na tarefa de estruturar o trajeto para uma vida feliz.
Descrevi a minha amiga a admiração que senti por aquelas pessoas do documentário. Disse que inúmeras vezes me percebi incomparavelmente feliz, outras tantas incessantemente empenhado na procura por algo maior e mais emocionante do que a realidade presente. Perguntei a ela (e a mim) como ser merecedor, portanto, da tão sonhada sensação contínua de festa e paz. Como ser digno da felicidade sólida que não escorre pelas mãos diante do persistente embate entre falhas e acertos? A resposta veio rasgando enganos, corrigindo a ilusão infantil de que felicidade nunca racha e enterrando a pretensão mimada de que basta merecer para tê-la. Felicidade e Vidro, como se quebram fácil”. E emendou: “Felicidade não tem a ver com merecimento. É obrigação. É uma dívida que eu tenho com a vida e comigo mesmo. É o tributo que pago por estar vivo, por ter tudo que tenho, por ter todas as condições. Não é sair para um passeio no parque, é se alistar para uma guerra. Eu tenho o dever de ser feliz, porque se eu não for, qual será a minha utilidade real para o mundo? O que o mundo vai fazer com mais um infeliz procurando por algo que julga merecer como prêmio? Não mereço ser feliz. Tenho a obrigação moral de ser. E, ao pensar assim, tenho sido. Porque, afinal, a vida merece isso de mim”.
Todos os dias, em cada canto do mundo, alguém espera ser recompensado pela batalha diária, pela bondade, pelas boas intenções. Mas como disse minha amiga, ser feliz não é troféu por mérito, é comprometimento. É recusar afundar miseravelmente a própria história em lamentos e dores. É esperar menos dos céus e mais de si mesmo. Nas salas de aula dos cursos de filosofia e nas capas dos livros de autoajuda, do alto da torre Eiffel ou embaixo do viaduto do Chá, nos vídeos motivacionais do YouTube e nas rodas de amigos está lá, batendo ponto, o desejo de encontrar a fórmula mágica para transformar em contentamento as agruras diárias. E, no afã de ter mais adrenalina que cansaço, na esperança de eternizar prazeres e aniquilar tristezas, perdemos tempo na espera, gastamos vida na procura. Ser feliz não é direito. É atribuição. E só assim, determinados a protagonizar o próprio destino e tomar as rédeas do caminho, podemos evitar numa boa frustrações. Felicidade será sempre vidro. Mas, à medida que honramos o que somos e o que temos, pode ser vidro blindado e eu acredito nisso.
Namastê...
Eu sou Ray Pinheiro.

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